"Enxames" seriam muito mais perigosos do que os mísseis individuais que os compõem, multiplicando, assim, o poder e o impacto destas armas de alta velocidade, escreve a Forbes.
Os mísseis hipersônicos, mísseis de cruzeiro que viajam dentro da atmosfera cinco vezes mais rápido que a velocidade do som (cerca de 6.437 quilômetros por hora), encontram-se na vanguarda na próxima onda de inovação militar. Apesar de serem menos velozes que mísseis balísticos, os mísseis hipersônicos são, na verdade, mais difíceis de interceptar por voarem baixo, podendo carregar armas nucleares ou conduzir ataques devastadores de supetão a bases militares ou porta-aviões.
Sendo assim, é compreensível que a China esteja trabalhando nessas armas, enquanto os EUA trabalham em desenvolver mecanismos para se defenderem delas, segundo a revista.
Um novo estudo do Instituto de Tecnologia de Pequim busca multiplicar o poder das armas hipersônicas ao fazê-las trabalhar juntas. Os componentes destes "enxames" poderiam carregar sensores e aparelhos de comunicação, para coordenação dos mísseis quanto conduzem um ataque a determinado alvo.
Nas missões de ataque, vários "enxames" entrariam em ação, com os primeiros transmitindo informação aos "enxames" seguintes sobre o que já teria sido destruído e se existiriam outros alvos. Concluindo, caberia aos "enxames" tomar as decisões sobre onde se dirigir e como atacar, explica a revista.
E surge a questão da autonomia cooperativa, ou seja, é o "enxame" que, por si só, tem o controle, e não é diretamente comandado por um humano. Esta acaba por ser uma característica importante, levando em consideração a velocidade dos acontecimentos aos quais estas armas são designadas.
No entanto, a Forbes indica que o estudo publicado pelos cientistas chineses estaria colocando mais questões do que fornecendo respostas sobre este tipo de armamento inovador. Contudo, consegue dar uma pista sobre o que o setor militar chinês tem em mente para um futuro próximo.