A edição questiona a competência dos responsáveis pelos principais programas de equipamento do Exército Britânico, uma vez que foram gastos bilhões de dólares desde 1997, mas, ao fim de tantos anos, as Forças Armadas britânicas não receberam nenhum veículo de combate blindado para unidades da linha da frente.
"Quão incompetentes são os oficiais encarregados dos principais programas de equipamento do Exército britânico? Apesar de gastar bilhões de dólares desde 1997, o exército entregou zero - isso mesmo, zero - novos veículos blindados de combate às unidades da linha de frente", escreve a edição.
25 anos de esforço desperdiçado, escreve a Forbes, deixou o Exército britânico com uma frota reduzida e obsoleta de sobras de tanques, veículos de combate e reconhecimento e veículos blindados de transporte de pessoal.
"Agora imagine uma guerra com a Rússia ao longo da fronteira oriental da OTAN. A Aliança Atlântica esperaria que o Exército britânico se juntasse ao combate. Mas não se sabe se os britânicos, com as suas unidades reduzidas de veículos antigos, teriam muito para oferecer", escreve a conceituada revista de negócios e economia.
Referindo em concreto o tanque Challenger 2, a revista indica que este é o veículo mais pesado e mais potente do Exército britânico mas que, após várias reduções desde o final da Guerra Fria, apenas 227 dos tanques de 70 toneladas estão em serviço. Mais: um programa criado há 12 anos para a sua modernização gastou meio bilhão de dólares sem ainda atualizar um único veículo.
Quanto aos veículos de combate de infantaria 759 Warrior, estes não foram atualizados em seus 37 anos de serviço.
Já os veículos de combate e reconhecimento do exército têm em média 50 anos de idade. "Um substituto está a caminho - embora tardiamente e com a habitual confusão e má administração", escreve a revista.
O exército encomendou 598 novos veículos Ajax de 40 toneladas. Eles deveriam entrar em serviço em 2019.
Dois anos mais tarde, as tropas ainda estão esperando. "Não está exatamente claro o que causou este atraso", indica um relatório da comissão de inquérito da Câmara dos Comuns.
O relatório criticou o Ministério da Defesa por embarcar em uma série de projetos de equipamentos "excessivamente ambiciosos", que têm estado muito dependentes do desenvolvimento de tecnologias, resultando em cancelamentos e atrasos.