A Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular (ELP) da China está utilizando realidade virtual para treinar seus soldados para usar sistemas de mísseis, de acordo com um relatório que o jornal South China Morning Post teve acesso.
"Você pode praticar o lançamento sem uma instalação real e pode praticar táticas sem sair da base", afirmou o comandante do batalhão, Sun Yingjiu, à mídia, garantindo que a tecnologia melhorou o treinamento.
A nova plataforma de treinamento de realidade virtual permite que os soldados da Força de Foguete do ELP pratiquem comando, ação e suporte em um ambiente próximo ao do mundo real, acrescenta Sun.
A tecnologia também transformou os exercícios de mísseis de "grande escala" do passado em treinamento "silencioso e altamente eficaz", lê-se no relatório. O recurso teria ainda tornado ainda o treinamento mais eficiente e flexível.
Modernização do Exército
Pequim quer transformar os militares do país em uma força de combate moderna, com o que há de mais avançado tecnologicamente, afirma a mídia.
Como outras forças armadas ao redor do mundo, o ELP tem usado treinamento virtual e simulações de exercícios para aumentar a prontidão para o combate. É parte de um esforço mais amplo para melhorar o treinamento das Forças Armadas.
Um exercício de lançamento de míssil padrão envolve milhares de pessoas, e grandes peças de equipamento precisam ser transportadas para um ambiente de treinamento. Dessa forma, a frequência de exercícios reais é limitada, explica o relatório. Mas o "campo de treinamento virtual" significa que tudo pode ser simulado para que os soldados possam usá-lo para treinar com muito mais frequência.
A realidade virtual também está sendo utilizada para treinar cadetes de pilotos da Força Aérea.
O comentarista militar Song Zhongping, de Hong Kong, disse que a tecnologia pode tornar os exercícios militares mais eficientes, além de reduz os orçamentos de treinamento.
"Por exemplo, a China atribuiu grande importância aos exercícios conjuntos em suas Forças Armadas, mas, na realidade, um exercício que envolve o Exército, a Marinha e a Força Aérea é complexo e demorado de ser conduzido", explica Song.
"No entanto, a simulação por computador pode alcançar efeitos semelhantes, enquanto economiza energia e custos", conclui o especialista.