O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio presidente por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência e, em sequência, conduzido pelo ministro da Justiça, André Mendonça, conforme publicado pelo Estadão.
O documento relata uma entrevista de Ciro Gomes à Rádio Tupinambá, de Sobral (CE), em novembro do ano passado.
Na ocasião, o ex-governador do Ceará chamou Bolsonaro de "ladrão" e citou o caso da "rachadinha" que envolve seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao comentar a atuação do ex-juiz Sergio Moro no cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Ciro disse ainda que, ao não apoiar os candidatos de Bolsonaro, a população mostrava um sentimento de "repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do país e seu desrespeito à saúde pública".
"Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção? Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf que descobriu a esculhambação dos filhos e da mulher do Bolsonaro, que recebeu R$ 89 mil desse (Fabrício) Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão para valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sergio Moro? Acobertando", afirmou Ciro à época.
Durante a entrevista, Ciro também analisou as crises sanitária e econômica do país e o cenário eleitoral para 2022.
"Fui informado da abertura desse inquérito há cerca de dez dias. Estou pouco me ligando", disse Ciro nesta sexta-feira (19).
O caso está na Justiça Federal do DF.