Em conversações no Alasca, China e EUA acordam em criar grupo de trabalho bilateral para clima

© REUTERS / Frederic J. BrownAntony Blinken, secretário de Estado dos EUA (segundo à direita), acompanhado por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA (primeiro à direita), fala em direção a Yang Jiechi (segundo à esquerda), diretor do Escritório da Comissão Central de Relações Exteriores do PC da China, e Wang Yi (primeiro à esquerda), conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, em Anchorage, Alasca, EUA, 18 de março de 2021
Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA (segundo à direita), acompanhado por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA (primeiro à direita), fala em direção a Yang Jiechi (segundo à esquerda), diretor do Escritório da Comissão Central de Relações Exteriores do PC da China, e Wang Yi (primeiro à esquerda), conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, em Anchorage, Alasca, EUA, 18 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 20.03.2021
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Os dois países realizaram conversações bilaterais no estado norte-americano do Alasca, onde foram discutidos diversos temas sensíveis, mas também a questão climática.

Pequim e Washington acordaram, durante conversações em Anchorage, no Alasca, EUA, em criar um grupo de trabalho bilateral para cooperação na luta contra a mudança climática, informou no sábado (20) a emissora CCTV citando a delegação de Pequim.

"As duas partes estão totalmente comprometidas com o fortalecimento do diálogo e da cooperação na luta contra a mudança climática, as partes criarão um grupo de trabalho conjunto entre EUA e a China sobre a mudança climática", disse a delegação chinesa.

"As duas partes acordaram manter o diálogo e contatos, desenvolver a cooperação mutuamente benéfica, evitar mal-entendidos e declarações equivocadas, evitar conflitos e confrontos, bem como promover o desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e os EUA."

Pontos de fricção

A delegação chinesa caracterizou de agressivo o comportamento do lado norte-americano, mas se recusou a recuar, exortando Washington a respeitar o direito internacional e as normas das relações internacionais se abstendo de interferir nos assuntos de Hong Kong e a levantar as sanções ligadas ao local, que são ilegais do ponto de vista chinês.

"Se os Estados Unidos continuarem com sua política, a China dará uma resposta decisiva", diz o documento.

De acordo com a delegação chinesa, a anterior administração dos EUA, liderada pelo presidente Donald Trump, levou a cabo uma política antichinesa errada, que teve um impacto negativo nas relações bilaterais.

"A China foi obrigada a tomar medidas relevantes e necessárias para proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento", afirmou.

Yang Jiechi, o chefe de política externa do Partido Comunista da China, disse aos repórteres que as conversações foram francas, construtivas e benéficas, apesar de tudo.

"Mas é claro que ainda há diferenças", disse Yang, e acrescentou que "os dois lados deveriam seguir a política de 'não haver conflitos' para orientar nosso caminho em direção a uma trajetória saudável e estável daqui para a frente."

Na quinta (18) e sexta-feira (19), Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, e Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, realizaram uma reunião com Wang Yi, conselheiro de Estado da China, e Yang Jiechi, diretor do Escritório da Comissão Central de Relações Exteriores do PC da China, no estado norte-americano do Alasca.

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