Segundo o Itamaraty, as conversas foram iniciadas no dia 13 de março. A informação surge um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviar carta à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, para pedir que o Brasil seja autorizado a comprar doses de vacina contra a COVID-19 estocadas nos EUA e ainda sem aval para uso interno.
Além disso, na quarta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente estadunidense, Joe Biden, para que os EUA ajudem o Brasil e outros países a comprarem vacinas.
Desde o dia 13/3 o Governo brasileiro, através do Itamaraty e da Embaixada em Washington, em coordenação com o Ministério da Saúde, está em tratativas com o Governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasil de vacinas do excedente disponível nos Estados Unidos.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) March 20, 2021
Vacina sem registro nos EUA
A carta de Pacheco faz referência a doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, que ainda não teve uso aprovado nos EUA. O governo norte-americano tem milhões de doses da vacina armazenadas e cogita a possibilidade de enviá-las para outras nações.
"Tenho a honra de me dirigir a vossa excelência, em nome do Congresso Nacional, o pleito de que seja considerada, pelas autoridades norte-americanas competentes, a eventual concessão de autorização especial que permita a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem a previsão de serem utilizadas localmente", escreveu o senador, segundo publicado pelo portal G1.
O Itamaraty, por sua vez, não detalhou quais imunizantes estão sendo negociados. A imunização no Brasil começou no dia 17 de fevereiro com o uso das vacinas CoronaVac e de Oxford.