A pesquisa foi publicada pela agência de notícias Kyodo, que conduziu um levantamento de amostragem aleatória ao longo de dois dias por telefone.
De acordo com os resultados, 39,8% dos entrevistados disseram que não queriam que os jogos fossem realizados por temor de agravamento da pandemia do novo coronavírus dentro do país. Em oposição, pouco mais de 23% dos japoneses concordam com a realização das Olimpíadas, enquanto o restante declarou estar indeciso ou achar que seria melhor adiar os jogos.
Mais de 82% dos entrevistados disseram estar preocupados com a disseminação de novas variantes da COVID-19. De acordo com a pesquisa, 65,6% acreditam que a vacinação no Japão é lenta e apenas 28,9% dos cidadãos disseram estar satisfeitos com o andamento da campanha de imunização. Conforme os dados do site Our World in Data, o Japão vacinou 578.835 pessoas com pelo menos a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.
No sábado (20), os organizadores das Olimpíadas de Tóquio anunciaram que espectadores estrangeiros não teriam permissão para assistir ao evento devido à pandemia. Com isso, 630 mil ingressos serão devolvidos. De acordo com as estimativas dos think tanks japoneses, hospedar as Olimpíadas sem espectadores estrangeiros resultaria em uma perda econômica de quase 150 bilhões de ienes (R$ 7,56 bilhões) para o país.
As Olimpíadas de Tóquio deveriam ter sido realizadas inicialmente em 2020, mas foram adiadas para 2021, em meio ao avanço da pandemia da COVID-19. Em comparação com países ocidentais de população equivalente ou maior, como Estados Unidos, México, Brasil e Alemanha, o Japão teve um desempenho melhor na contenção da COVID-19. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, o país acumula 456.247 casos da doença e 8.821 mortes.
