Áñez foi detida no último dia 13 por suspeitas de terrorismo, sedição e conspiração relacionadas ao golpe que levou à renúncia do ex-presidente Evo Morales em 2019. Inicialmente, a política, que se diz alvo de perseguição, ficaria detida preventivamente. Mas, na audiência de apelação, Áñez e dois de seus ex-ministros, Álvaro Coimbra e Álvaro Guzmán, tiveram suas detenções ampliadas por mais dois meses.
Bolívia: Jeanine Áñez tem prisão decretada por terrorismo, conspiração e sediçãohttps://t.co/aQqLo4cH5c
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 12, 2021
"Está confirmada a parte dispositiva da detenção preventiva dos três réus, que havia sido indicada inicialmente como quatro meses, se determina seis meses de investigação como presos preventivos", afirmou o membro da Segunda Câmara Criminal, Willi Vargas, citado pelo portal El Deber, mencionando uma possibilidade de fuga por parte da ex-presidente interina.
Na última sexta-feira (19), um tribunal de La Paz autorizou a transferência de Jeanine Áñez para um hospital, devido a problemas de saúde que se agravaram desde sua prisão. No entanto, a decisão acabou sendo revogada por outra corte depois, que determinou a prestação de atendimento médico à investigada na própria penitenciária.
De acordo com um laudo médico divulgado por assessores da ex-presidente, Áñez, de 53 anos, sofreria de hipertensão arterial sistêmica e poderia ter um ataque cardíaco em decorrência de uma crise de pressão.