Nesta segunda-feira (22), o chefe do Departamento de Estratégia de Vacinas e Ameaças à Saúde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), Marco Cavaleri, afirmou ao vivo durante programa de TV no canal italiano Rai, que a EMA enviará um grupo de especialistas à Rússia em abril para inspecionar os testes clínicos e a produção da vacina Sputnik V.
"Estamos conduzindo uma verificação cíclica da Sputnik V para revisarmos todos os dados assim que forem coletados e autorizá-los mais rapidamente. Em abril, faremos uma inspeção da produção e dos testes clínicos na Rússia. Depois, tentaremos estimar em que momento teremos todos os dados necessários para a aprovação do imunizante", disse o chefe do departamento.
A declaração de Cavaleri vem depois que uma fonte familiarizada com as negociações entre o desenvolvedor da Sputnik V e a EMA disse na semana passada que o bloco poderia aprovar a vacina russa na segunda quinzena de maio.
Ao todo, a Sputnik V já foi aprovada para uso em 54 países. Neste sábado (20), no Brasil, o estado do Pará confirmou a compra de três milhões de doses e a cidade de Maricá, localizada no Rio de Janeiro, a compra de 500 mil doses da Sputnik V de forma independente, sem ser através do governo federal.
Neste domingo (21), o diretor médico do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani (INMI), Francesco Vaia, afirmou que o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya) enviará três funcionários a Roma para se juntar aos pesquisadores italianos nos estudos sobre a vacina russa Sputnik V contra a COVID-19.
O presidente da região italiana do Lazio, Nicola Zingaretti, também afirmou que o instituto vai iniciar testes com o imunizante russo para liberação da vacina no país.