Os EUA pretendem atualizar seu software de defesa antiaérea devido ao surgimento de armas hipersônicas na Rússia, relatou na segunda-feira (22) o canal RT, referindo um documento da Agência de Defesa Antimíssil (MDA, na sigla em inglês) dos EUA.
Washington estaria modernizando o Sistema de Comando, Controle, Controle de Combate e Comunicações (C2BMC, na sigla em inglês), um elemento chave da defesa antimíssil, ao fortalecer a proteção contra mísseis balísticos.
Ao mesmo tempo, os militares norte-americanos concordam que o processo deve ser acelerado.
"Nos últimos anos, o adversário [Rússia] vem desenvolvendo rapidamente novos meios de destruição sofisticados e promissores, incluindo unidades de combate de planadores hipersônicos, bem como mísseis de cruzeiro supersônicos, subsônicos e hipersônicos altamente manobráveis", diz o documento citado.
É planejado que a futura arquitetura do C2BMC acomode novos elementos de defesa antiaérea à medida que eles se tornem disponíveis e proporcionem interoperabilidade com as forças de aliados norte-americanos.
O sistema C2BMC permite uma resposta abrangente a armas de destruição em todas as fases do voo, ligando os radares Patriot, THAAD, Aegis, AN/TPY-2, o Sistema de Alerta Antecipado de Lançamento de Mísseis Balísticos (SBIRS, na sigla em inglês) e outros.
Preocupação britânica
O Reino Unido está tentando expandir seu arsenal nuclear por causa do avanço da defesa antiaérea da Rússia, anunciou também Ben Wallace, secretário de Defesa do país, em entrevista à emissora BBC no domingo (21), referenciando uma estratégia externa e de defesa para os próximos 30 anos apresentada por Londres na terça-feira (16).
"Nos últimos anos, temos visto a Rússia investir na defesa de mísseis balísticos. Eles têm planejado e implantado novas capacidades [de defesa antiaérea]", disse.
A estratégia faria com que o Reino Unido passasse a possuir 260 ogivas nucleares, que, no entanto, Wallace assegurou ser a menor quantidade entre as potências nucleares.