Conforme publicou o colunista Edimilson Avila no portal G1, Castro disse que prefeitos não têm autonomia para interferir nos setores.
No domingo (21), o governador fluminense anunciou um feriado de dez dias para o estado, como forma de tentar conter o avanço da pandemia na região. O "superferiado" se estenderá da sexta-feira (26) até o domingo (4), adiantando feriados e criando três dias de folga. A ideia ainda precisa passar pelo crivo de deputados estaduais.
Ainda segundo a publicação, Cláudio Castro afirmou que "as medidas que valem são as minhas", desautorizando as medidas preparadas pelas prefeituras.
A declaração contraria os prefeitos de duas das maiores cidades do estado, Rio de Janeiro e Niterói, que pretendem adotar o fechamento dos serviços não essenciais, como shoppings, bares e restaurantes. A recomendação foi feita pelos comitês científicos de ambos os municípios.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), respondeu Castro em uma publicação nas redes sociais dizendo que a intenção do governador é uma "micareta".
CastroFolia! A micareta do governador! Definitivamente ele não entendeu nada do objetivo de certas medidas. 🤦♂️🤷♂️ https://t.co/Y6d6JZFuvT
— Eduardo Paes (@eduardopaes) March 22, 2021
O governo do estado pretende apenas limitar o funcionamento de bares e restaurantes durante o feriado, permitindo que permaneçam abertos com a metade da capacidade. Os estabelecimentos teriam que fechar às 23h00, com limite de entrada de clientes até às 21h00. Além disso, shoppings e centros comerciais devem funcionar com 40% da capacidade entre 12h00 e 20h00.
A expectativa é de que a disputa entre governador e prefeitos vá parar na Justiça. Na sexta-feira (19), o prefeito do Rio de Janeiro já havia prometido medidas mais rígidas de isolamento.
Assim como no resto do Brasil, o Rio de Janeiro passa por um aumento no número de internações por COVID-19 e se aproxima do colapso da rede hospitalar. Conforme dados do Ministério da Saúde, o estado do Rio tem 621.991 casos confirmados de COVID-19 e 35.131 mortes causadas pela doença. O estado tem a segunda maior taxa de mortalidade do país, atrás apenas do Amazonas.