Em entrevista à Sputnik publicada nesta segunda-feira (22), o chefe do comitê, Aleksandr Bastrykin, declarou que, "devido à escala das atividades punitivas e das provas obtidas, que indicam que elas estavam destinadas a erradicar por completo a população civil das repúblicas soviéticas, o Comitê de Investigação tomou a decisão de abrir um caso penal sobre o genocídio dos povos da União Soviética, cometido pelos invasores da Alemanha nazista nos anos da Grande Guerra pela Pátria".
Bastrykin também afirmou que todos os nazistas responsáveis por crimes de lesa humanidade durante a Segunda Guerra Mundial devem ser identificados e processados, enquanto os nomes daqueles que já estão mortos devem se tornar públicos.
"Todos aqueles envolvidos no tratamento desumano à população, no genocídio, nos assassinatos de civis e prisioneiros de guerra, devem ser identificados e julgados. No caso dos que já faleceram, seus nomes e crimes devem se tornar públicos", disse.
Bastrykin detalhou que o caso de genocídio incluirá o expediente penal sobre o massacre na aldeia de Zhestyanaya Gorka, na província de Nizhny Novgorod, onde os nazistas assassinaram mais de 2.500 pessoas, incluindo mulheres e crianças, entre 1942 e 1943.
Além disso, também serão investigadas no caso de genocídio as operações dos nazistas na cidade de Yeisk, na região de Krasnodar, que resultaram no assassinato de mais de 200 crianças de um orfanato local em 1942.
O expediente também abarcará a investigação sobre a morte de aproximadamente três mil pessoas em um campo de concentração na aldeia de Moglino, na província de Pskov, entre 1941 e 1944; o fuzilamento de mais de 30.000 civis em 1942 na província de Rostov, e outros massacres cometidos pelos nazistas em território soviético durante a Segunda Guerra Mundial.