Os planos do Reino Unido de aumentar sua presença nos mares Negro e Báltico e no Ártico são ambiciosos demais e dificilmente criarão perigo para a segurança da Rússia, afirmou à Sputnik um ex-comandante da Frota do Mar Negro da Rússia (1998-2002), Vladimir Komoedov.
Anteriormente, o Ministério da Defesa do Reino Unido apresentou a estratégia de modernização das Forças Armadas do país. Conforme a nova estratégia, o país aumentará sua presença na região do mar Negro, no Extremo Norte e na região do Báltico.
"Na verdade, se comportam não como leões-marinhos, mas como serpentes marinhas: sempre girando, rolando, querem morder, mas o ferrão, entende, não é aquedado, não é maligno", disse Komoedov.
O almirante russo destacou que no mar Negro funciona a Convenção de Montreux, que proíbe aos navios militares que não são de países da região permanecer lá durante mais de 21 dias.
A Rússia, ao se defender, sempre "deu um soco merecido na cara, inclusive dos britânicos", disse Komoedov.
No âmbito da nova estratégia de defesa do Reino Unido, a Rússia apenas tem de "vigiar e monitorar cuidadosamente as tentativas de britânicos de prejudicar, mexer, cuspir", afirmou o almirante russo.
"Tem de haver uma vigilância em regime operacional normal. Devemos detectar, acompanhar o assunto, podemos fazer isso de maneira ativa ou passiva. Se haver algumas intenções em suas manobras ou ações, será preciso responder adequadamente. Paralelamente, talvez, realizar alguns de nossos exercícios", sublinhou o almirante russo.