AstraZeneca teria fornecido dados incompletos sobre eficácia da vacina, diz instituto dos EUA

© REUTERS / Dado RuvicTubo de testes rotulado "vacina" em frente ao logotipo da farmacêutica AstraZeneca em 9 de setembro de 2020
Tubo de testes rotulado vacina em frente ao logotipo da farmacêutica AstraZeneca em 9 de setembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 23.03.2021
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O Conselho Independente de Monitoramento de Dados e Segurança (DSMB, na sigla em inglês) está preocupado com a possibilidade de a farmacêutica AstraZeneca ter fornecido dados incompletos sobre eficácia de sua vacina, segundo relatório.

Na segunda-feira (22), a farmacêutica informou que estudos realizados nos Estados Unidos, Chile e Peru mostraram que a vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, possui uma eficácia de 79% na prevenção de casos sintomáticos da COVID-19, e de 100% nos casos severos ou críticos e em hospitalizações. A farmacêutica também apontou que a comissão independente não detectou maior risco de trombose em pessoas inoculadas com a sua vacina contra a COVID-19.

Segundo dados da AstraZeneca, a vacina foi tolerada bem, e o DSMB não detectou nenhum problema com segurança da vacina.

De acordo com o comunicado do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos EUA, o DSMB lhe informou mais tarde na segunda-feira (22), bem como à Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado (BARDA, na sigla em inglês) e à AstraZeneca, que "estava preocupado com as informações divulgadas pela AstraZeneca sobre os dados iniciais de sua vacina contra COVID-19".

"O DSMB expressou preocupação com o fato de que a AstraZeneca pudesse ter incluído uma informação desatualizada desse ensaio, o que pode ter fornecido uma visão incompleta dos dados sobre eficácia do medicamento", adicionou o instituto.

Em conclusão, a entidade insistiu que a farmacêutica cooperasse e fornecesse dados mais atualizados e precisos.

Anteriormente, a Agência Europeia de Medicamentos anunciou estar investigando incidentes com pacientes vacinados com o imunizante da AstraZeneca em uma série de países europeus, nos quais mais tarde foram registrados efeitos colaterais. Países, dentre eles Itália, França, Alemanha e Espanha, suspenderam temporariamente o uso da vacina. Somente depois de a agência ter recomendado o contínuo da inoculação com vacina da AstraZeneca, os países decidiram voltar a utilizá-la.

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