O posicionamento representa uma mudança de postura da entidade. Em julho do ano passado, a AMB não recomendou o uso de remédios sem eficácia comprovada contra o coronavírus, mas disse que a decisão de receitá-los dependia da "autonomia do médico".
"Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida", diz o boletim da associação.
O uso da cloroquina e de remédios como a ivermectina é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Vacina e isolamento
O documento cita 13 pontos para enfrentamento da pandemia. Além de acelerar o ritmo da vacinação, a AMB fala em medidas preventivas, como isolamento social e uso de máscaras.
"O isolamento social, com a menor circulação possível de pessoas, segue sendo imperioso para conter a propagação viral, hoje agravada pela variante brasileira P1 do coronavírus", afirma o boletim.
"Todos, sem exceção, temos de seguir à risca as medidas preventivas: uso correto de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações, manter o ambiente bem ventilado e higienizando, ficar em isolamento respiratório assim que houver suspeita de COVID-19, identificar os contactantes, higienizar frequentemente as mãos, com água e sabão ou álcool gel a 70%", acrescenta o documento.