Autoridades da Saúde indianas informaram ter detectado a nova variante dupla da COVID-19 no país, além das cepas britânica, sul-africana e brasileira, que levaram ao aumento de casos nas últimas semanas.
A rede de dez laboratórios governamentais que analisa milhares de amostras diariamente detectou a nova variante entre 15% e 20% de amostras coletadas no estado de Maharashtra, o segundo estado mais populoso do país.
"A análise de amostras de Maharashtra mostrou que, comparada a dezembro de 2020, a parte de amostras com mutações E484Q e L452R aumentou. Tais mutações conferem a fuga imune e a infecciosidade aumentada", de acordo com o comunicado do Ministério da Saúde da Índia.
A variante dupla, de mutações E484Q e L452R, foi descoberta pela primeira vez em amostras colhidas em dezembro de 2020, segundo os oficiais indianos.
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— Ministry of Health (@MoHFW_INDIA) March 24, 2021
Genome Sequencing by INSACOG shows variants of concern and a Novel variant in India.https://t.co/hs3yAErWJR pic.twitter.com/STHjcMnkMh
O sequenciamento do genoma pelo INSACOG mostra variantes preocupantes e uma nova variante na Índia.
As autoridades da Saúde indianas recomendaram aumentar a quantidade de testes, melhorar o rastreamento de contatos e isolar rapidamente aqueles que testaram positivo para o coronavírus, na tentativa de enfrentar com sucesso a nova mutação.
Os oficiais da Índia adicionaram que a nova variante "não foi detectada com um número suficiente para se estabelecer relação direta ou explicar o rápido crescimento dos casos em alguns estados".
Além disso, os laboratórios identificaram mais 771 outras "variantes de preocupação" em mais de dez mil amostras analisadas nos laboratórios governamentais. A maioria detectada pertencia às cepas britânica e sul-africana, e um caso de mutação da cepa brasileira.