De acordo com os autores do estudo, o aparelho aumentará a precisão e a eficiência do tratamento contra vários tumores, como o câncer.
Os pesquisadores explicaram que algumas terapias promissoras contra tumores, como as fotodinâmicas e fototérmicas, exigem medições precisas e regulares da temperatura de sistemas vivos em nível molecular.
Segundo eles, os termômetros existentes não fornecem alta precisão de medição.
"Termômetros moleculares são uma classe de substâncias cujas características ópticas mudam com a temperatura. Sintetizamos duas dessas substâncias e estudamos suas propriedades luminescentes: o espectro de emissão e a 'vida útil' das mudanças de fluorescência durante o aquecimento. Isso é o suficiente para registrar as mudanças de temperatura com precisão de 0,1 grau. O mesmo equipamento usado para administrar uma droga injetada exibe a temperatura", disse Roman Akasov, especialista do laboratório de Nanomateriais Biomédicos do NUST MISIS.
As substâncias sintetizadas pertencem à classe das porfirinas solúveis em água, já bastante estudadas, e, de acordo com os autores do estudo, ao contrário de outros termômetros moleculares, são simples de usar para síntese e modificação.
Após avaliar a toxicidade dos termômetros obtidos, os cientistas descobriram que um dos compostos é bastante tóxico quando irradiado com laser. Segundo os autores, isso permite que a substância seja usada não apenas como termômetro molecular, mas também como um fármaco capaz de combater células tumorais.