O diretor do Departamento da Coreia e Mongólia do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, Aleksandr Vorontsov, relembrou, em conversa com a Sputnik, que "acabam de terminar manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e Coreia do Sul, ainda há poucos dias. Primeiro a Coreia do Norte reagiu a isso de maneira muito contida, nem sequer fez quaisquer declarações retóricas indignadas".
Depois disso, aponta o especialista, ocorreu a visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ao nordeste da Ásia.
"Foram acordados compromissos, confirmadas intenções de fortalecer a cooperação militar com os EUA, melhorar os laços. O fato de que todas essas declarações e ações se dirigiam contra a Coreia do Norte, isso não foi encoberto, mas sim ressaltado a fim de intensificar a pressão", notou o especialista russo.
"Este é o resultado: a Coreia do Norte decidiu reagir de modo tradicional", ressaltou o analista.
Blinken e Austin chegaram a Seul em 17 de março, após visita de três dias ao Japão, pondo fim à campanha de uma semana destinada a destacar os esforços da administração Biden em fortalecer relações com seus aliados e parceiros na Ásia.
De 8 até 18 de março, na Coreia do Sul decorreram treinamentos militares com os EUA. Eles englobaram exercícios de comando combinados em forma de simulação computorizada e foram realizados em uma escala "mínima".
Após isso, a Coreia do Sul e o Japão informaram sobre o lançamento pela Coreia do Norte de ao menos um míssil em direção ao mar do Japão. Logo depois, o primeiro-ministro japonês afirmou que Pyongyang havia lançado dois mísseis balísticos.