Na terça-feira (23), o porta-voz militar do movimento houthi, brigadeiro-general Yahya Sare'e, anunciou que a defesa aérea houthi atingiu um "drone americano MQ9" com um míssil de marca e modelo desconhecidos, informou Al-Masirah, que é a agência de notícias oficial do movimento.
De acordo com Sare'e, o drone estava sobrevoando a província iemenita de Marib, e chegou a atacar as forças houthis em vários distritos da província.
Na quarta-feira (24), o vídeo do alegado abate do drone americano foi divulgado em uma conta no Twitter.
And now they did! #Iran-backed Houthi militias have published the video regarding the claimed MQ-9 interception and shoot-down in Maarib #Yemen https://t.co/ib2eBJPm5D pic.twitter.com/mDyKAAHoO7
— Aleph א 🍎 (@no_itsmyturn) March 24, 2021
E agora eles fizeram! Milícias houthis apoiadas pelo Irã publicaram o vídeo da alegada intercepção e abate de um MQ-9 em Marib, no Iêmen.
Antes de o míssil atingi-lo, o veículo aéreo não tripulado lança uma espécie de projétil que parece ser um míssil, mas também poderia ser uma isca, que é um dispositivo que emite luz infravermelha como contramedida defensiva.
No entanto, é provável que os houthis tenham cometido um erro e confundiram um RQ-9 Reaper americano com um drone CH-4 de fabricação chinesa.
Ambos os drones se parecem muito, sendo distinguíveis somente pela ausência de uma barbatana ventral no drone CH-4 abaixo da cauda que aparentemente não aparece no vídeo.
Em 2014, China vendeu para Arábia Saudita dois drones CH-4 depois de os EUA terem se recusado a vender drones Reaper. Em 2017, os sauditas assinaram um acordo para construir uma fábrica de produção de drones chineses no reino.
Atualmente, nem Arábia Saudita nem Estados Unidos comentaram as alegações dos houthis.