A empresa notou que o porta-contêineres Ever Given ficou encalhado no estreito canal nesta terça-feira (23) em resultado de "condições meteorológicas tempestuosas", e admitiu que estava trabalhando com o provedora de soluções marítimas Bernhard Schulte Shipmanagement para lidar com a situação.
"Esta situação é extremamente difícil", diz o comunicado do dono do porta-contêineres divulgado nesta quinta-feira (25). "Nós pedimos sinceramente desculpas por causarmos uma grande preocupação para os navios programados para nadar e todas as partes relacionadas durante a navegação no canal do Suez."
Oficiais da empresa também apontaram que nenhum dos membros a bordo do cargueiro sofreu quaisquer ferimentos, e que atualmente não há indicações de vazamento de petróleo em consequência do incidente.
Apesar das tentativas empenhadas por flotilha de rebocadores, dragas e escavadoras, o Ever Given permanece encalhado no canal de Suez, mesmo depois dos esforços de libertá-lo em maré alta.
Anteriormente, Peter Berdowski, CEO da empresa holandesa Boskalis, que está tentando desencalhar o navio, disse que não descartaria que a remoção do cargueiro pode levar semanas, comparando a embarcação a uma "enorme baleia encalhada", com 20.000 contêineres totalmente carregados a bordo.
No entanto, não é a primeira vez que um cargueiro bloqueia o canal. Em 2017, uma embarcação japonesa enfrentou problemas mecânicos, causando, assim, mesmo que temporariamente, um congestionamento com rebocadores.
No momento, dados oficiais registram 156 embarcações à espera no canal. Já que o bloqueio do canal afeta embarques de petróleo e gás do Oriente Médio para a Europa, o preço do petróleo reagiu com aumento de 5% em relação ao seu nível mais baixo da semana.