"O Ministério da Defesa do Reino Unido publicou um Livro Branco e nele são detalhadamente descritas as áreas e as próximas etapas de modernização das forças militares do país. Este documento, que afirma ser de âmbito global, tem um caráter agressivo, seu alvo – como é costume desde há algum tempo em Londres – é sem dúvida Moscou", disse a representante durante um briefing.
"A fim de se proteger contra as supostas 'maquinações' russas, é proposto desenvolver não o potencial de defesa, mas sim de ataque, inclusive através de formação de forças especiais, as quais os jornais batizaram de imediato de tropas de operações especiais antirrussas", adicionou Zakharova.
Segundo ela, o lado russo vê a publicação do Livro Branco "como mais uma confirmação da linha oficial de Londres orientada para a contraposição política e confrontação".
Em 16 de março, o governo britânico publicou a nova estratégia de defesa e política externa, nomeando a China como a principal ameaça geopolítica ao mundo e prometendo enfrentar ativamente "toda a gama" de ameaças provenientes da Rússia. Logo depois, o MRE russo declarou que o Reino Unido tinha dado mais um passo rumo ao desmantelamento dos laços russo-britânicos, lamentando a lógica de confronto de Londres.
O Kremlin descreveu como efêmera a suposta ameaça da Rússia, com a qual o Reino Unido explicou a acumulação de armamentos, acrescentando que a Rússia não foi e não é inimiga de ninguém e não representa uma ameaça.