Um pequeno monte de terra, severamente danificado por agricultores no vale Virú, em La Libertad, no Peru, revelou ser um templo pré-colombiano do século XII a.C., segundo determinou uma equipe de arqueólogos.
Um aspecto importante do monumento, associado à cultura cupisnique, é um grande mural zoomórfico de uma divindade ancestral em forma de aranha com uma faca em uma de suas patas. Dada a ligação religiosa do aracnídeo à água e à proximidade do rio Virú, o monumento encontrado poderia ser um santuário ligado a rituais específicos, supõe o pesquisador Régulo Franco Jordán, da Universidade de Trujillo.
Es una construcción de varias fases. La de los murales sería la segunda (que fue luego intencionalmente cubierta por la tercera). La pared pintada se curva a la derecha y se "mete" bajo el relleno de la etapa más reciente. Quizá ahí los arqueólogos encuentren pinturas intactas🧐 pic.twitter.com/a8vDQaKPsF
— Antiguo Perú (@Antiguo_Peru) March 22, 2021
Escavadeiras destruíram um monte de adubo (que era desconhecido e que seria do período cupisnique) para expandir as terras agrícolas. Um fragmento de um mural sobreviveu. Dei mais contraste na foto original para o desenho ser mais bem apreciado. Mais detalhes no link.
Valioso achado arqueológico. Muralismo de mais de 3.200 anos é descoberta em La Libertad.
É uma construção multifásica. Um dos murais seria o segundo (que mais tarde foi intencionalmente coberto pelo terceiro). A parede pintada se curva para a direita e "encaixa" sob o enchimento da parede mais recente. Talvez os arqueólogos encontrem pinturas intactas nela.
Consistindo em três estruturas sobrepostas, de acordo com os arqueólogos peruanos, a que se encontra em um melhor estado de conservação é a segunda, a mesma que ostenta a pintura do mural.
"Este vale Virú é muito rico em assentamentos arqueológicos, temos aqui todas as épocas, por isso é importante intervir no local para que, entre outras coisas, possam ser recuperadas [mais] informações em relação à base do monte e à sobreposição", afirmou Jordán.
Por outro lado, o arqueólogo salientou que conservação adequada do monumento não serviria apenas para a ciência, mas também para o aumento do potencial turístico da região.
O templo foi chamado de Tombalito, devido à sua proximidade com outro monumento pré-hispânico, o castelo de Tomabal, e será estudado mais detalhadamente após a pandemia.