Na sexta-feira (26), o presidente americano teria contatado Johnson por chamada telefônica, na qual teria sugerido que deveriam ter, essencialmente, "uma iniciativa semelhante vinda dos Estados democráticos, de modo a ajudar aquelas comunidades pelo mundo afora que, de fato, precisam de ajuda", citado pela agência Reuters.
No dia anterior (25), o presidente democrata teria afirmado que não deixaria a China se tornar a principal potência mundial, comprometendo-se a investir mais nos campos da ciência e tecnologia para garantir que o gigante asiático não venha a ultrapassar os EUA. Do mesmo modo, Biden também se comprometeu a investir mais na infraestrutura do país, um campo a que a China, por sua vez, tem dado bastante atenção.
A iniciativa Um Cinturão, Uma Rota é um projeto de infraestrutura no valor de trilhões de dólares elaborado pelo presidente chinês Xi Jinping. Seu objetivo é promover o desenvolvimento e iniciativas de investimento desde o leste da Ásia até à Europa.
Tamanho projeto não só expandiria significativamente o poder econômico chinês, como também aumentaria a influência política de Pequim em toda a região, um cenário que, naturalmente, preocupa bastante Washington.
Para ter alguma oportunidade de sucesso na construção de uma iniciativa análoga à de Xi Jinping, Biden terá de ser capaz de atrair investidores, nomeadamente do setor privado. Contudo, para que tal aconteça terá de convencer outros países, com especial atenção a seus aliados e parceiros, de que sua iniciativa terá sucesso. Isto poderá ser difícil, uma vez que cerca de 100 países já assinaram acordos com a China para cooperar na iniciativa Um Cinturão, Uma Rota.