Biden teria sugerido alternativa 'democrática' à iniciativa chinesa Um Cinturão, Uma Rota

© REUTERS / Tom BrennerPresidente dos EUA, Joe Biden, discursa sobre o combate à pandemia de COVID-19, na Casa Branca, Washington, EUA, 11 de março de 2021
Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa sobre o combate à pandemia de COVID-19, na Casa Branca, Washington, EUA, 11 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 27.03.2021
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Joe Biden afirma ter sugerido ao premiê britânico, Boris Johnson, que os países democráticos deveriam ter um plano internacional de infraestrutura face à iniciativa chinesa Um Cinturão, Uma Rota.

Na sexta-feira (26), o presidente americano teria contatado Johnson por chamada telefônica, na qual teria sugerido que deveriam ter, essencialmente, "uma iniciativa semelhante vinda dos Estados democráticos, de modo a ajudar aquelas comunidades pelo mundo afora que, de fato, precisam de ajuda", citado pela agência Reuters.

No dia anterior (25), o presidente democrata teria afirmado que não deixaria a China se tornar a principal potência mundial, comprometendo-se a investir mais nos campos da ciência e tecnologia para garantir que o gigante asiático não venha a ultrapassar os EUA. Do mesmo modo, Biden também se comprometeu a investir mais na infraestrutura do país, um campo a que a China, por sua vez, tem dado bastante atenção.

A iniciativa Um Cinturão, Uma Rota é um projeto de infraestrutura no valor de trilhões de dólares elaborado pelo presidente chinês Xi Jinping. Seu objetivo é promover o desenvolvimento e iniciativas de investimento desde o leste da Ásia até à Europa.

Tamanho projeto não só expandiria significativamente o poder econômico chinês, como também aumentaria a influência política de Pequim em toda a região, um cenário que, naturalmente, preocupa bastante Washington.

Para ter alguma oportunidade de sucesso na construção de uma iniciativa análoga à de Xi Jinping, Biden terá de ser capaz de atrair investidores, nomeadamente do setor privado. Contudo, para que tal aconteça terá de convencer outros países, com especial atenção a seus aliados e parceiros, de que sua iniciativa terá sucesso. Isto poderá ser difícil, uma vez que cerca de 100 países já assinaram acordos com a China para cooperar na iniciativa Um Cinturão, Uma Rota.
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