Após sua descoberta em 2004, o asteroide 99942 Apophis, de cerca de 340 metros de diâmetro, foi identificado como um dos corpos celestes que poderiam provocar grandes danos à Terra caso se chocassem com a mesma. No entanto, ao longo dos anos, e com o avanço e desenvolvimento da tecnologia espacial, os astrônomos têm vindo a conseguir traçar melhor a rota deste corpo rochoso, de acordo com o portal Phys.org.
Recentemente, os resultados de uma campanha de observação de radar, combinados com uma análise precisa de sua órbita, ajudaram os cientistas a concluir que não existe risco de o asteroide Apophis colidir com nosso planeta por pelo menos um século.
"Um impacto em 2068 já não se encontra mais no domínio de possibilidades, e nossos cálculos não mostram qualquer risco de impacto ao menos nos próximos 100 anos", afirmou Davide Farnocchia, do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra da NASA (CNEOS), citado pela mídia.
O leque de possibilidades referido por Farnocchia corresponde à Tabela de Risco de Impacto de Sentinela, utilizada pelo CNEOS para se manter atualizado sobre corpos celestes com órbitas bastante próximas da Terra e cujo impacto com a última não deve ser descartado.
Utilizando telescópios ópticos e radares em terra para ajudar a caracterizar as órbitas de todos os objetos espaciais perto do planeta, melhorando assim as avaliações de risco de longo prazo, o CNEOS calcula órbitas com alta precisão, conferindo um suporte importante ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.
Ao estudarem os dados conferidos pela tecnologia mencionada, a equipe de astrônomos espera conseguir aprender mais sobre o asteroide Apophis, desde sua forma a sua rotação, de modo a perceberem melhor qual sua orientação rumo à Terra, da qual deverá passar a cerca de 32 mil quilômetros em 2029.