Nesta terça-feira (30), a China finalizou a revisão do sistema eleitoral de Hong Kong, sendo a mudança mais significativa da estrutura política desde 1997, segundo informou a agência Xinhua.
O número de representantes eleitos diretamente cairá de 35 atuais para 20, e a extensão da legislatura aumentará de 70 para 90 lugares. A comissão eleitoral, responsável pela seleção do chefe do Executivo, ampliará de 1,2 mil para 1,5 mil membros.
A representação de 117 conselheiros distritais de nível comunitário na comissão eleitoral seria descartada e as seis cadeiras de conselheiros distritais no Conselho Legislativo serão eliminadas.
Os Conselhos Distritais são a única instituição plenamente democrática da cidade, e cerca de 90% dos 452 lugares são controlados pelo lado democrata após as eleições de 2019. Os Conselhos Distritais lidam principalmente com problemas de base, como transporte público e coleta do lixo.
A reestrutura eleitoral foi aprovada sem oposição pelo Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, a principal instituição da legislatura chinesa, conforme a Xinhua.
Um outro novo comitê de fiscalização vai monitorar candidatos a cargos públicos e trabalhará com autoridades de segurança nacional para garantir que os mesmos são leais à China.
Devido às mudanças no sistema, o número de representantes eleitos diretamente foi reduzido e haverá aumento do número de funcionários aprovados por Pequim em uma legislatura ampliada.
As medidas definidas são a revisão mais significativa da estrutura política de Hong Kong desde que a região voltou ao governo chinês em 1997, as alterações modificam a dimensão e a composição do Legislativo e do comitê eleitoral a favor de candidatos leais a Pequim.