"Em janeiro, projetávamos um crescimento global de 5,5% em 2021. Agora esperamos uma nova aceleração da expansão", declarou Georgieva em um discurso antes das reuniões de primavera (Hemisfério Norte) do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial (BM).
A diretora-gerente do FMI não citou números precisos, enquanto o tradicional relatório da instituição de Washington sobre as novas perspectivas para a economia mundial será publicado no dia 6 de abril, dentro de apenas uma semana, segundo publicou a AFP.
Mas Georgieva disse que a revisão para cima no crescimento foi "em parte devido ao apoio político adicional", incluindo o gigantesco plano de US$ 1,9 trilhão (R$ 10,9 trilhões) do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e "em parte" aos efeitos esperados, campanhas de vacinação em "muitas" economias avançadas no final do ano passado.
"Esta melhoria é o resultado de um esforço extraordinário de enfermeiros, médicos, trabalhadores essenciais e pesquisadores em todo o mundo, enquanto os governos tomaram medidas orçamentárias excepcionais em um montante acumulado de US$ 16 trilhões [R$ 92,2 trilhões]", disse ela.
Sem esta ajuda sincronizada, a contração do PIB mundial registrada em 2020 (-3,5%) teria sido "três vezes maior", destacou a chefe do FMI.
A instituição com sede em Washington está, no entanto, preocupada com as repercussões de uma recuperação acelerada nesses países.
"O crescimento sustentado nos Estados Unidos pode beneficiar muitos países por meio do aumento do comércio. Mas, com uma recuperação econômica dessincronizada em todo o mundo, se os países avançados aumentarem drasticamente suas taxas de juros, isso aumentaria os custos de refinanciamento da dívida de uma série de países emergentes que já estão atrasados nessa recuperação", disse Georgieva.