Em cerimônia para anunciar o benefício, o presidente Jair Bolsonaro disse que o auxílio não poderá ser pago durante muito tempo.
"O governo sabe que não pode continuar por muito tempo com esses auxílios, que custam muito para nossa população e podem desequilibrar nossa economia", afirmou o chefe de Estado, segundo o portal UOL.
Pago ao longo de nove meses no ano passado, primeiro no valor de R$ 600, e depois de R$ 300, a distribuição do benefício terminou oficialmente em dezembro de 2020. Inicialmente, Bolsonaro era contra a prorrogação da bolsa. No entanto, o agravamento da pandemia, junto à pressão de parlamentares e da sociedade, fez com que o governo mudasse de ideia.
A nova rodada será paga a partir de 6 de abril para os trabalhadores que fazem parte do Cadastro Único e para os que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa. Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril. O calendário também varia conforme a data de nascimento.
Número de beneficiados diminui
Ao todo, serão beneficiadas 45,6 milhões de pessoas, 22,6 milhões a menos do que foram atendidas com o auxílio no ano passado. A maior parte dos beneficiados receberá o piso do programa, de R$ 150. Mulheres que cuidam sozinhas de filhos vão ter direito a R$ 375. O total gasto será de R$ 44 bilhões.
Muitas entidades e políticos questionam as novas quantias, afirmando que o valor é pequeno para ajudar as pessoas a ficarem em casa durante o agravamento da pandemia. O próprio ministro da Cidadania, João Roma, disse recentemente que o valor não era o "ideal".
O ministro da Cidadania, João Roma, disse que novo valor do auxílio emergencial, que voltará a ser distribuído em abril, não é o "ideal", sendo insuficiente para permitir que as pessoas fiquem em casa https://t.co/Nx58BClNrT
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 19, 2021