Filipinas ignoram avisos de navios chineses e visam continuar patrulhamentos no mar do Sul da China

© REUTERS / Guarda Costeira das FilipinasEmbarcações chinesas, supostamente controladas por milícias marítimas chinesas no recife de Whitsun, mar do Sul da China, 27 de março de 2021
Embarcações chinesas, supostamente controladas por milícias marítimas chinesas no recife de Whitsun, mar do Sul da China, 27 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2021
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Na terça-feira (30), um avião militar filipino com jornalistas locais a bordo ignorou os avisos chineses via rádio de "fique longe" e "saia imediatamente", quando sobrevoou o disputado recife de Whitsun, no mar do Sul da China, perto do local onde navios chineses estavam atracados.

O incidente ocorreu enquanto centenas de embarcações da China possivelmente tripuladas por milícias, no mar do Sul da China, se teriam espalhado por uma área mais ampla, ignorando suas exigências de retirar a flotilha imediatamente, segundo informaram as Filipinas na quarta-feira (31), citadas pelo South China Morning Post.

O major-general fuzileiro Edgard Arevalo, porta-voz das Forças Armadas das Filipinas, desconsiderou os avisos da terça-feira (30), vindos de postos avançados militares chineses em recifes artificias ocupados na área em disputa, e afirmou que os sobrevoos militares continuarão.

"Realizamos regularmente patrulhas aéreas e navais, além de outras medidas relevantes, para garantir a consciência situacional marítima. E se me permite, esses desafios têm sido habituais", disse Arevalo.

"Nossa resposta também é habitual: 'Esta é uma aeronave governamental filipina, realizando uma patrulha marítima de rotina sobre a Zona Econômica Exclusiva das Filipinas. Estamos prosseguindo segundo nossa rota planejada'", afirmou o porta-voz das Forças Armadas das Filipinas.

Arevalo confirmou que jornalistas dos canais GMA-7, TV5, ABS-CBN e da rádio Bombo Radyo Philippines estavam a bordo do avião militar após terem "pedido para se juntarem à patrulha de soberania aérea planejada para obterem em primeira mão suas próprias imagens [e gravações de som] da situação".

Embora Arevalo não revelasse quantas vezes as patrulhas seriam realizadas, ele insistiu que continuariam, porque é um mandado constitucional das Forças Armadas proteger e defender a soberania do país.

Anteriormente, o secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, informou que o aumento da presença militar na região através de "patrulhas de soberania" se destina a proteger os pescadores filipinos, depois que os navios chineses cercaram o disputado recife de Whitsun.

A China insiste que o recife é chinês, chamando-o de Niué Jiao. As autoridades filipinas afirmam que o recife está dentro da Zona Econômica Exclusiva do país, internacionalmente reconhecida.

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