As fotos, divulgadas pelo projeto Beyond Parallel do think tank Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), mostram vapor ou fumaça saindo de um edifício do laboratório radioquímico de Yongbyon e de uma usina térmica ao lado. O laboratório é utilizado para reprocessar barras de combustível gasto a fim de extrair plutônio para armas nucleares.
A March 30, 2021 satellite image shows steam emitting from both a small building within North Korea's Yongbyon Radiochemistry Laboratory and from its associated thermal plant—indicating that the building is occupied and being heated.
— CSIS (@CSIS) March 30, 2021
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Uma imagem do satélite de 30 de março de 2021 mostra a emissão de vapor tanto de um pequeno prédio dentro do laboratório radioquímico de Yongbyon, na Coreia do Norte, como de sua usina térmica associada – indicando que o prédio está ocupado e sendo aquecido
A revelação das imagens aconteceu alguns dias depois de Pyongyang ter lançado um míssil guiado tático de novo tipo, o que fez os EUA solicitarem uma reunião do comitê de sanções do Conselho de Segurança da ONU.
✔️ While not an indicator of a reprocessing campaign itself, this steam or smoke indicates that the building is occupied and being heated. pic.twitter.com/NGHcrDeP3x
— CSIS Korea Chair (@CSISKoreaChair) March 30, 2021
Vapor (ou fumaça) subindo de alguma das pilhas dentro do laboratório radioquímico não é frequentemente observado em imagens de satélite comerciais, mas a imagem de 30 de março mostra uma nuvem de vapor ou fumaça emanando de um pequeno edifício auxiliar no centro da instalação.
Apesar de não ser um indicador de uma campanha de reprocessamento, esse vapor ou fumaça indica que o prédio está ocupado e sendo aquecido
Os especialistas Joseph Bermudez e Victor Cha ponderam que as razões prováveis desta atividade são "os preparativos ou o início de uma nova campanha de reprocessamento, um movimento político estratégico de Kim Jong-un para continuar aumentando lentamente a pressão, tanto sobre a administração Biden como sobre o presidente sul-coreano Moon Jae-in, ou uma combinação de ambos".
Coreia do Norte denunciou nesta segunda-feira (29) que o Conselho de Segurança da ONU manifestou uma política de "padrão duplo", depois de o comitê de sanções da unidade ter ressaltado que seu recente teste de mísseis constitui uma violação das resoluções das Nações Unidas.
Jo Chol-su, alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, relembrou que o órgão da ONU permaneceu em silêncio quando os EUA lançaram um ataque aéreo no leste da Síria, no final de fevereiro. O posicionamento negativo do Conselho de Segurança sobre os lançamentos de mísseis de Pyongyang manifesta uma política de dois pesos e duas medidas, que viola a soberania do país asiático e o direito à autodefesa, ressaltou o diplomata norte-coreano.
A Coreia do Norte realizou dois testes de mísseis nos últimos dias, lançando dois mísseis de cruzeiro em direção ao mar Amarelo em 21 de março e dois mísseis balísticos em direção ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste) no dia 25 de março.