Recorde após recorde, Brasil vive tragédia 'sem fim'
Em novo recorde, o Brasil registrou 3.668 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, atingindo, na terça-feira (30), um total de 317.936 óbitos pela doença. A média móvel de mortes no país dos últimos sete dias chegou a 2.728, pior marca neste quesito pelo quinto dia consecutivo. Em comparação com a média de 14 dias atrás, a variação é superior em 34%, o que indica uma tendência de alta nos óbitos pela doença. Ao todo, 17 estados e o Distrito Federal estão com alta na quantidade de mortes: ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AP, TO, AL, CE, MA, PB, PE, PI, RN e SE.
União Química conclui lote-piloto da vacina russa Sputnik V produzido no Brasil
A farmacêutica União Química anunciou a conclusão do primeiro lote da vacina russa Sputnik V contra COVID-19 produzido totalmente no Brasil, graças à transferência tecnológica do Ingrediente Farmacêutico Ativo da Rússia para a empresa brasileira. O primeiro lote será enviado a Moscou para certificação. Em janeiro, a União Química havia solicitado o uso emergencial da vacina que foi negada pela Anvisa. A falta de aprovação da vacina russa pela reguladora brasileira coloca em risco o cronograma de imunização divulgado pelo Ministério da Saúde.
- Vivendo um caos nacional, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou duas reuniões com representantes dos EUA, para tentar receber ajuda e "acelerar" a vacinação brasileira. O ministro quer a antecipação de 20 milhões de doses da vacina da Pfizer, comprometendo-se a devolver aos norte-americanos futuramente. Além disso, barganhou por insumos, medicamentos e oxigênio.
- A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de uma suspeita de participar de uma vacinação clandestina contra a COVID-19. A suspeita estaria comercializando ilegalmente as vacinas. Agora, as autoridades vão investigar se as vacinas eram falsas ou se foram desviadas do Ministério da Saúde. Caso a ação seja confirmada, a suspeita, Mônica Pinheiro Torres de Freitas, poderá ser condenada a até 15 anos de prisão.
Em reunião tensa, líderes das Forças Armadas são demitidos
A reunião tensa entre os comandantes das Forças Armadas do Brasil e o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, foi marcada por frases duras e tapas na mesa, terminando com os três comandantes demitidos devido a atrito com o presidente Jair Bolsonaro. Os comandantes Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa Júnior (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Força Aérea) discordaram da politização das Forças Armadas. Bolsonaro, inclusive, é muito criticado pela Marinha, onde os militares consideram inadmissíveis a falta de compostura do presidente brasileiro no cargo e seus erros na crise da COVID-19.
Brasil pode mudar abordagem com China
Com o novo chanceler, o Brasil pode mudar sua abordagem com relação à China, mas sem abandonar o conservadorismo nos costumes, ou seja, provavelmente manterá a agenda conservadora do bolsonarismo em sua pauta, segundo pessoas próximas ao novo ministro Carlos França, citadas pelo jornal Folha. Além disso, o chanceler deve priorizar a relação comercial com os chineses e uma aproximação com os EUA. Contudo, Carlos França deverá seguir a ideologia do governo, já que o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deve manter a influência sobre a chancelaria.
Rússia está pronta para restaurar interação com UE
O presidente russo, Vladimir Putin, disse à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente francês, Emmanuel Macron, que a Rússia está pronta para restaurar a interação normal e despolitizada com a União Europeia, se houver um interesse recíproco. Ainda de acordo com o Kremlin, as negociações entre os líderes foram realizadas em uma atmosfera profissional e franca, tendo sido acordado continuar o trabalho em toda a agenda atual.
EUA ordenam saída de diplomas não essenciais de Mianmar
Na terça-feira (30), o Departamento de Estado dos EUA informou ter ordenado a saída de diplomatas não essenciais de Mianmar, em meio ao aumento da repressão contra manifestantes contrários ao golpe militar no país asiático. De acordo com a Associação de Assistência para os Presos Políticos (AAPP) de Mianmar, o número de civis mortos na repressão já ultrapassou 520 desde o golpe militar de 1º de fevereiro. Os manifestantes exigem a restauração do governo civil eleito nas urnas e a libertação de sua principal figura política, a ex-conselheira de Estado Aung San Suu Kyi. As autoridades militares do país asiático, por sua vez, têm reprimido os protestos com gás lacrimogêneo, balas de borracha e, inclusive, munição real.