Um grupo de especialistas da OMS analisou dados de estudos clínicos feitos para medir a eficácia da ivermectina contra a COVID-19 e concluiu que o remédio não apresentou resultados definitivos.
A ivermectina é um medicamento antiparasitário. No Brasil, a medicação é divulgada pelas redes sociais do Conselho Federal de Medicina, e também do presidente Jair Bolsonaro, como uma forma de amenizar os sintomas do coronavírus.
"Nossa recomendação é não usar ivermectina para pacientes com a COVID-19, independentemente do nível de gravidade ou duração dos sintomas", disse Janet Díaz, chefe da equipe de resposta clínica ante a COVID-19 da agência da ONU.
Os especialistas da OMS chegaram às conclusões após 16 ensaios clínicos randomizados com 2.400 participantes. Alguns desses ensaios clínicos compararam a ivermectina com outras drogas, escreve a AFP.
O levantamento mostra ainda que 41,4% também confiam na ivermectina contra o coronavírus, apesar de estudos que indicam o contrário https://t.co/VQljoy7KGB
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 3, 2021
A recomendação da OMS junta-se à da Agência Europeia de Medicamentos e do FAD (Food and Drug Administration, nos EUA). No momento, as três entidades entendem que o medicamento não é eficaz contra o coronavírus.
A ivermectina é utilizada com frequência em alguns países da América Latina, principalmente no Brasil. No combate ao vírus, ela compartilha algumas características da hidroxicloroquina, que é defendida por alguns médicos e personalidades políticas.