A saída de três comandantes das Forças Armadas do Brasil segue rendendo polêmicas para o governo. Nesta quarta-feira (31), a oposição protocolou mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
O principal argumento do documento é que Bolsonaro tentou cooptar as Forças Armadas, o que teria ficado evidente com a saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Deputado do PSB, Alessandro Molon comentou em suas redes sociais o novo processo, protocolado ao lado de líderes de outros partidos, como Marcelo Freixo, do PSOL; Randolfe Rodrigues, da Rede; Arlindo Chinaglia e Jean Paul Prates, do PT.
🔴 Eu e os demais líderes da Oposição e da Minoria no Congresso Nacional vamos apresentar um novo pedido de impeachment contra Bolsonaro pelo uso inconstitucional das Forças Armadas p/ atacar a democracia. A coletiva será transmitida por nossas páginas no Facebook às 11h.
— Alessandro Molon 🇧🇷 (@alessandromolon) March 31, 2021
Para a oposição, o presidente da República está tentando, de forma autoritária, apropriar-se indevidamente das forças militares do país, uma ameaça à democracia.
Os autores do pedido alegam que a conduta de Bolsonaro se encaixa no artigo sétimo da Lei do Impeachment, que diz ser crime de responsabilidade "provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis".
"Ele trocou o ministro da Defesa num impulso. Sem pensar nas consequências de seu movimento, ele está em xeque. As trocas no Ministério da Defesa e na chefia das Forças Armadas em um Brasil em que a sociedade ainda não se recuperou totalmente de um período militar, podem ter implicações graves", disse o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN).
IMPEACHMENT JÁ! Daqui a pouco, às 11h, darei uma coletiva com os demais líderes da Oposição e da Minoria no Congresso Nacional sobre nosso novo pedido de impeachment contra Bolsonaro. A entrevista será transmitida por nossa página no Facebook.#DitaduraNuncaMais
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) March 31, 2021