Borrell visitou a capital russa no início de fevereiro. Durante a visita, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou diplomatas da Suécia, Polônia e Alemanha "personae non grata" por terem participado de protestos sem autorização das autoridades russas. O chanceler russo, Sergei Lavrov, ressaltou que a expulsão não estava ligada à visita do chefe da diplomacia europeia.
Na quarta-feira (31), em entrevista ao canal de televisão France 24, Borrell contou que "o objetivo [de minha viagem] era testar a atitude da Rússia com a União Europeia, e a resposta foi clara. A Rússia escolheu agressão ao expulsar diplomatas europeus durante a [minha] visita, o que contradiz todo o comportamento diplomático".
Além disso, Borrell afirmou que o diálogo entre a Rússia e a União Europeia está "em um ponto morto".
Os protestos não autorizados aconteceram em 23 de janeiro de 2021 em várias cidades da Rússia e continuaram em 31 de janeiro, apesar de múltiplos avisos das autoridades, incluindo sobre ameaças de infecção pelo novo coronavírus. Além disso, as manifestações ocorreram ainda em 2 de fevereiro durante e após sessão de tribunal de Moscou, que ocasionou na prisão do opositor russo Aleksei Navalny.