A previsão inicial era de envio de seis milhões de doses até março e mais três milhões até maio. Até o momento, um milhão de doses já foram entregues ao país. No entanto, a entidade não consegue mais fixar um prazo para o restante.
Abreu, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, reuniu-se nesta quinta-feira (1º) com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que preside a mesma comissão na Câmara, também participou do encontro.
"Ele disse que não podem mais dar cronograma. Das nove milhões de doses, nós só recebemos até agora um milhão, e o resto não se sabe mais quando chegará. Disseram que eles não têm condição, porque há problemas de produção e estão com problemas no mundo todo", afirmou Kátia Abreu em entrevista para a CNN Brasil.
O motivo pelo qual não é possível garantir a entrega das vacinas é o atraso nos laboratórios da Índia e da Coreia do Sul.
Rodrigo Pacheco disse que o Brasil vive uma situação "dramática" em relação à pandemiahttps://t.co/ctuKCgPx2e
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 2, 2021
Lockdown em casos extremos
A senadora disse que foi feito um pedido ao diretor-geral da OMS para que a entidade mude os critérios de distribuição das vacinas por meio do consórcio, e passe a considerar também a gravidade da situação em cada país.
Atualmente, a preferência é dos países mais populosos e mais pobres. No encontro, Adhanom ressaltou a importância de, além da vacinação, os países seguirem as recomendações sanitárias da OMS, como uso de máscaras, higiene das mãos, distanciamento físico e uso de espaços arejados.
De acordo com a senadora, o diretor-geral da OMS disse que o lockdown deve ser usado em casos extremos.