Para Nasrallah, o suposto plano israelense teria respaldo dos EUA, o qual visa que Israel detenha soberania sobre territórios que vão desde o rio Nilo, no Egito, até o rio Eufrates, na Síria.
"Este eixo ainda está buscando realizar o sonho desde o Nilo até o Eufrates", disse Nasrallah durante discurso televisivo.
Para atingir tal objetivo, EUA e Israel estariam fomentando disputas sectárias e religiosas para "pintar" conflitos regionais como "sectários".
Nasrallah citou diversos relatos como fonte para sua conclusão em relação aos objetivos de Washington e Tel Aviv de ocupar terras entre os rios mencionados.
A ideia do Grande Israel seria baseada na crença fundamentada em textos bíblicos, principalmente no livro de Gênesis, em cujo capítulo 15 versículo 18, disse Deus a Abraão, considerado o pai dos judeus:
"Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão [Abraão], dizendo: 'à tua descendência [Israel] tenho dado esta terra, desde o rio do Egito [Nilo] até o grande rio Eufrates'".
Olhando de uma perspectiva cartográfica, a crença na tomada da Terra Prometida, como é chamado o território referido na Bíblia, só poderia se cumprir com a anexação por parte de Israel de terras que fazem parte de países vizinhos, como a península do Sinai, que é do Egito, e áreas da Síria, Líbano e Jordânia, além de terras palestinas.
Contudo, nem as lideranças de Israel nem dos EUA declararam publicamente terem tais objetivos.
Por sua vez, em 2008, o premiê israelense Ehud Olmert disse que a ideia do Grande Israel estaria encerrada e que qualquer um que apoie tal ideia estaria "iludindo a si mesmo".