"Agora, nós possuímos uma região antimíssil na Europa. Ninguém fala mais de ser algo contra o Irã. Trata-se do anúncio de projeto global destinado a conter Rússia e China. Processos idênticos estão acontecendo na região da Ásia-Pacífico. Ninguém está pretendendo fingir ser contra a Coreia do Norte. É um sistema global criado para fortalecer as reivindicações dos Estados Unidos para dominância absoluta, inclusive nas esferas estratégico-militar e nuclear", afirmou Lavrov ao canal de TV Pervy.
Além disso, o chanceler russo anunciou que a Rússia e a China não precisam de uma aliança militar como a OTAN, pois as relações sino-russas são completamente diferentes.
"É especulada com frequência a possibilidade de a Rússia e a China celebrarem uma aliança militar. Primeiramente, é acentuado, em um dos documentos de mais alto nível, que nossas relações não representam uma união militar, e nós não almejamos isso. Vemos como exemplo de uma aliança militar, em seu sentido clássico, a OTAN, mas não necessitamos de tal aliança", anunciou Lavrov.
Segundo o chanceler russo, aliança como essa é coisa da época da Guerra Fria. "Eu pensaria agora por esferas contemporâneas, de formação de multipolaridade. Neste sentido, nossas relações com a China são completamente diferentes, ao contrário das relações de uma clássica aliança militar. Pode ser, elas [nossas relações] são ainda mais próximas de certa forma", notou o ministro das Relações Exteriores da Rússia.
Anteriormente, o chanceler russo visitou a China, onde conduziu conversações com seu homólogo chinês Wang Yi, abordando, em particular, os preparos de visitas de mais alto nível. Além disso, foi prorrogado por mais cinco anos o Tratado de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação entre Rússia e China.