Bazoum venceu a disputa presidencial em fevereiro, e teve sua eleição confirmada em março pelo tribunal constitucional do país, em meio a convocações de protestos nacionais por parte da oposição, contestando os resultados. Nesta sexta-feira (2), a cerimônia de posse foi realizada na capital Niamey, apenas dois dias depois de uma tentativa de golpe de Estado frustrada pelas autoridades.
Je réitère mes félicitations à @mohamedbazoum et lui souhaite un fructueux et prospère mandat.
— Roch KABORE (@rochkaborepf) April 2, 2021
Je m'engage à travailler avec lui, pour le renforcement de la coopération bilatérale entre nos deux Etats, pour le bonheur de nos deux peuples. pic.twitter.com/qDbEzcQYVh
Reitero meus parabéns a Mohamed Bazoum e desejo a ele um mandato de sucesso e prosperidade. Prometo trabalhar com ele para fortalecer a cooperação bilateral entre os nossos países e para a felicidade de ambos os povos.
Esta é a primeira vez que o país africano realiza uma transição democrática de poder desde a sua independência da França em 1960. Diversos líderes de países da região compareceram à cerimônia, como Togo, Chade, Senegal, Mali, Gâmbia, Mauritânia, Burkina Faso e Costa do Marfim, assim como o ministro das Relações Exteriores francês Jean-Yves Le Drian.
"Os terroristas do Boko Haram e do Estado Islâmico [ambas organizações terroristas proibidas na Rússia] cometem assassinatos sangrentos e trazem muita dor para o Níger. Para contê-los são necessários os esforços e a mobilização do Níger e de seus vizinhos, especialmente Mali e Nigéria", disse Bazoum em seu pronunciamento, que foi transmitido pela Facebook.
O recém-empossado presidente também pediu "ajuda na luta contra o terrorismo no Níger" aos países do G5 do Sahel — que inclui o próprio Níger, além de Burkina Faso, Chade, Mali e Mauritânia — e aos Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU.
Na última segunda-feira (29), Bazoum classificou a operação liderada pela França para combater os jihadistas na região do Sahel um "fracasso relativo" e assinalou que gostaria de ver melhores resultados nessa cooperação, uma semana depois do violento ataque de insurgentes registrado no oeste do Níger, que resultou na morte de pelo menos 137 pessoas.
A França enviou milhares de soldados para as ex-colônias africanas Níger, Mali, Mauritânia, Chade e Burkina Faso como parte da Operação Barkhane, que foi implementada em 2013 para ajudar os países no enfrentamento à insurgência islâmica. Atualmente, o país europeu mantém 5.100 tropas no Sahel.