Os destroços de mísseis foram demonstrados na sexta-feira (2) no terrino da corporação Azerlandshaft por representantes da Agência Nacional de Desminagem de Territórios do Azerbaijão (ANAMA). Contudo, anteriormente a Armênia negou as declarações sobre utilização de Iskander durante o conflito, embora o premiê armênio Nikol Pashinyan tivesse afirmado a utilização dessas armas por Erevan, tendo o Ministério da Defesa da Rússia estranhado suas palavras.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, ressaltou mais uma vez que os sistemas de mísseis Iskander não foram utilizados durante a escalada do conflito em Nagorno-Karabakh e isso foi confirmado.
"Não, segundo percebi essa é uma nova informação. Desconheço se isso foi relatado pela linha dos militares, se nossos militares possuem alguma informação detalhada sobre o assunto. Isso é, claro, sobretudo uma prerrogativa deles", disse Peskov respondendo à pergunta se o presidente Vladimir Putin sabe da declaração azeri sobre a detecção de um destroço de míssil Iskander na zona do conflito de Nagorno-Karabakh.
"Vocês se lembram da história sobre o Iskander, que eles não foram utilizados durante o conflito. Isso foi confirmado", acentuou o porta-voz presidencial.
As hostilidades em Nagorno-Karabakh, que eclodiram novamente no final de setembro de 2020 e causaram milhares de mortes durante um mês e meio de combates, cessaram em 10 de novembro após uma declaração emitida pelos líderes da Armênia, Azerbaijão e Rússia.
Segundo o acordo, a Rússia enviou uma força de paz para a zona do conflito, inicialmente por cinco anos. O contingente, de cerca de dois mil militares, foi implantado em paralelo com a retirada das forças armênias de três distritos azeris.