Pesquisadores britânicos parecem ter resolvido o enigma de um assassinato antigo, em particular, a morte intrigante de uma jovem chamada Takabuti, cuja múmia bem preservada foi desembrulhada pela primeira vez em janeiro de 1835 no museu da Sociedade de História Natural em Belfast, Irlanda. Suas descobertas sugerem que a mulher morreu em resultado de um golpe rápido com um machado militar, possivelmente empunhado por um soldado assírio.
Takabuti, cuja múmia está exposta no Museu de Ulster em Belfast, Irlanda, foi provavelmente assassinada por trás com um instrumento semicircular afiado de cerca de 7-7,5 centímetros de comprimento enquanto tentava fugir de seu atacante. Tais conclusões foram tiradas graças a escaneamento por tomografia computadorizada e raios X, bem como à datação por radiocarbono e análise de DNA.
"Como nós conseguimos identificar a forma da ferida e o ângulo de entrada da arma do crime, nós pensamos que um machado foi provavelmente o responsável. No entanto, é difícil ter certeza absoluta porque a morfologia da ferida foi consideravelmente distorcida", detalhou a professora Rosalie David do Centro KNH para Egiptologia Biomédica da Universidade de Manchester, no Reino Unido, citada pelo jornal Express.
Ela adicionou que, uma vez que a equipe de especialistas passou muito tempo trabalhando com o artefato, eles ficaram profundamente ligados a ela como pessoa, lamentando seu destino horrível. A professora disse que foi "algo reconfortante" estabelecer que, embora a morte de Takabuti em algum momento entre 20 e 30 anos de idade fosse brutal, com um grito congelado no rosto, sua morte foi rápida.
De acordo com a especialista, Takabuti era aparentemente muito amada pela família. Seu cabelo, por exemplo, foi cuidadosamente adornado e estilizado antes da mumificação. O título da mulher – o de uma jovem casada e parte de uma grande família em Tebas, atual Luxor – foi também distintamente soletrado em seu caixão.