Os recentes "martemotos" tinham magnitudes de 3,3 e 3,1, enquanto os anteriores foram um pouco mais fortes, com magnitudes de 3,6 e 3,5. Estes tremores que ocorreram na mesma região, Cerberus Fossae, fornecem mais provas de que esta área é sismicamente ativa, escreve portal SciTechDaily.
O aparelho da NASA já registrou mais de 500 abalos, mas devido aos seus sinais claros, estes são quatro dos melhores martemotos já identificados pelo módulo que realiza a sondagem no interior do planeta.
Examinar os sismos em Marte é a forma que a equipe científica do InSight encontrou para compreender melhor as características do manto e do núcleo do Planeta Vermelho.
O Lander InSight da NASA detectou dois fortes tremores em Marte.
— Ned Oliveira (@nedoliveira1) April 1, 2021
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Os terremotos fortes e claros originados em um local de Marte chamado Cerberus Fossae - o mesmo lugar onde dois fortes terremotos foram detectados no início da missão. pic.twitter.com/v9uqQanQXr
O planeta não tem placas tectônicas como a Terra, mas tem regiões vulcânicas ativas que podem causar abalos.
"Ao longo da missão, verificamos dois tipos diferentes de martemotos: um, que é mais parecido com os [sismos] da Lua e o outro mais parecido com os da Terra", disse Taichi Kawamura do Instituto de Física do Globo de Paris, França.
As ondas de terremoto se movem mais diretamente através do planeta, enquanto as ondas dos sismos na Lua tendem a ser mais dispersas. Os martemotos são eventos que se enquadram no meio-termo desse aspecto.
"Curiosamente, estes quatro abalos mais potentes registrados em Cerberus Fossae são semelhantes aos da Terra", acrescentou Kawamura.
A missão norte-americana aterrissou no Planeta Vermelho em 2018 e é a primeira a estudar seu interior.