Ali Baqeri Kani, diretor do Alto Conselho Judiciário, disse que o gabinete da procuradoria para delitos internacionais, encarregado do caso, está atualmente finalizando a acusação, relata o Tehran Times.
"Iniciamos outro procedimento em cooperação com os iraquianos. Eles têm autoridade para investigar este crime, pois ele ocorreu em seu país e seus cidadãos foram atingidos e martirizados", declarou Kani, citado pela mídia persa.
O general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e Abu Mahdi al-Muhandis, vice-comandante das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU, na sigla em inglês), foram assassinados em um ataque de drone autorizado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, em 3 de janeiro de 2020.
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Ambos os comandantes eram respeitados em seus países, devido às suas missões contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), particularmente na Síria e no Iraque. A sua morte não só se traduziu em uma perda para as duas nações, como foi também uma grave violação da soberania do Iraque.
Um ano após o assassinato, Bagdá e Teerã emitiram mandados de prisão contra Trump, que não tiveram qualquer resultado. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, chegou mesmo a afirmar que os EUA e o Daesh – que festejou a morte de Soleimani – eram "irmãos de armas".
O comitê conjunto para a investigação foi formado na sequência da visita entre 8 a 11 de fevereiro de 2021 do chefe do Judiciário do Irã, Ebrahim Raisi, ao Iraque. "O processo de investigação do assassinato do mártir Soleimani deve ser seguido o mais séria e rapidamente possível, no âmbito do comitê conjunto entre a República Islâmica do Irã e o Iraque", declarou Raisi, citado pelo Tehran Times.