Diplomatas chineses, no entanto, teriam justificado a presença das mais de 200 embarcações em causa – conforme dados da inteligência filipina - perto do recife de Whitsun, chamado de recife Julian Felipe nas Filipinas, como forma de se protegerem do mau tempo no mar, informa a agência Reuters.
Contudo, neste sábado (3), Lorenzana comunicou que 44 embarcações chinesas ainda se encontravam no local, apesar das condições atmosféricas terem melhorado.
"Eu não sou tolo. O tempo tem estado bom até agora, por isso eles [os navios chineses] não têm razão para ficar lá", apontou o secretário de Defesa filipino, citado pela mídia. "A presença contínua de milícias marítimas chinesas na área revela sua intenção de ocupar [áreas do] mar Filipino Ocidental", declarou Lorenzana, utilizando a designação usada por Manila para se referir ao mar do Sul da China, citado na matéria.
Em resposta a tais comentários, a embaixada da China em Manila disse que era "completamente normal" que as embarcações chinesas pescassem na área e se refugiassem perto do recife durante condições de mar agitadas. E acrescentou, citada pela Reuters: "Ninguém tem o direito de fazer comentários irresponsáveis sobre tais atividades".
No entanto, Delfin Lorenzana não se deixa convencer, afirmando que não seria a primeira vez que Pequim desrespeitaria a soberania das Filipinas e seus direitos soberanos estabelecidos no direito internacional.