Político filipino acusa China de tentar ocupar territórios disputados no mar do Sul da China

© REUTERS / Guarda Costeira FilipinaNavios chineses no recife de Whitsun, mar do Sul da China
Navios chineses no recife de Whitsun, mar do Sul da China  - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2021
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Delfin Lorenzana, secretário de Defesa filipino, afirma que a China estaria buscando ocupar mais áreas do mar do Sul da China, considerando a presença contínua de embarcações chinesas perto de zonas disputadas.

Diplomatas chineses, no entanto, teriam justificado a presença das mais de 200 embarcações em causa – conforme dados da inteligência filipina - perto do recife de Whitsun, chamado de recife Julian Felipe nas Filipinas, como forma de se protegerem do mau tempo no mar, informa a agência Reuters.

Contudo, neste sábado (3), Lorenzana comunicou que 44 embarcações chinesas ainda se encontravam no local, apesar das condições atmosféricas terem melhorado.

"Eu não sou tolo. O tempo tem estado bom até agora, por isso eles [os navios chineses] não têm razão para ficar lá", apontou o secretário de Defesa filipino, citado pela mídia. "A presença contínua de milícias marítimas chinesas na área revela sua intenção de ocupar [áreas do] mar Filipino Ocidental", declarou Lorenzana, utilizando a designação usada por Manila para se referir ao mar do Sul da China, citado na matéria.
© REUTERS / Maxar TechnologiesImagem de satélite da empresa Maxar mostra navios de pesca ancorados no recife de Whitsun denominado por Manila de recife de Julian Felipe
Político filipino acusa China de tentar ocupar territórios disputados no mar do Sul da China - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2021
Imagem de satélite da empresa Maxar mostra navios de pesca ancorados no recife de Whitsun denominado por Manila de recife de Julian Felipe

Em resposta a tais comentários, a embaixada da China em Manila disse que era "completamente normal" que as embarcações chinesas pescassem na área e se refugiassem perto do recife durante condições de mar agitadas. E acrescentou, citada pela Reuters: "Ninguém tem o direito de fazer comentários irresponsáveis sobre tais atividades".

No entanto, Delfin Lorenzana não se deixa convencer, afirmando que não seria a primeira vez que Pequim desrespeitaria a soberania das Filipinas e seus direitos soberanos estabelecidos no direito internacional.
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