A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pelo ministro do Esporte norte-coreano, Kim Il-guk, em declaração a um site local, citada pela AP.
Segundo Kim Il-guk, a decisão já havia sido tomada em 25 de março durante uma reunião do Comitê Olímpico nacional, na qual os membros priorizaram a proteção dos atletas da "crise de saúde pública mundial causada pelo COVID-19".
O Comitê Olímpico da Coreia do Sul disse que não foi informado da decisão da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte enviou 22 atletas para a última edição dos Jogos Olímpicos – a de Inverno, realizada em Pyeongchang, em 2018. Além dos atletas, foram enviados funcionários do governo, artistas performáticos, jornalistas e um grupo de torcida de 230 membros.
A irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong, fez parte da delegação e ajudou a iniciar um movimento de aproximação com a Coreia do Sul e com os Estados Unidos.
O governo da Coreia do Norte afirma que o país está livre da COVID-19. A comunidade internacional, no entanto, levanta dúvidas sobre a informação, principalmente por conta da fronteira que o país compartilha com a China.
Descrevendo seus esforços de combate à pandemia como uma "questão de existência nacional", a Coreia do Norte limitou severamente o tráfego nas fronteiras, proibiu turistas, expulsou diplomatas e promoveu quarentenas para dezenas de milhares de pessoas que apresentaram sintomas.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse anteriormente que estava disposto a se encontrar com Kim Jong-un e com a irmã do líder norte-coreano se algum deles comparecesse aos Jogos. Suga, no entanto, não informou se vai convidar algum deles.