Os Estados Unidos pediram à Rússia para explicar as recentes "provocações" na fronteira com a Ucrânia, disse o Departamento de Estado dos EUA nesta segunda-feira (5).
Os EUA afirmam que relatórios sobre uma movimentação de militares da Rússia na fronteira com a Ucrânia são "confiáveis", escreve a Al-Jazzera. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, ainda assinalou que o governo de Joe Biden estaria preocupado com qualquer esforço de Moscou para intimidar a Ucrânia.
"Pedimos à Rússia uma explicação para essas provocações", disse Price, que em seguida afirmou: "Mas, mais importante, o que sinalizamos aos nossos parceiros ucranianos é uma mensagem de tranquilidade"
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse aos repórteres que "as recentes escaladas da agressão russa e a escalada no leste da Ucrânia" são "algo que estamos observando de perto".
Joe Biden acusa a Rússia de apoiar "separatistas na Ucrânia". Na sexta-feira (2), ele ligou para o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e manifestou "apoio inabalável" ao país. Ainda na semana passada, a OTAN também expressou preocupação, fazendo acusações contra a Rússia.
A Rússia nega que os movimentos militares representassem uma ameaça para a Ucrânia e rejeita os temores de um aumento de tensões. Ao mesmo tempo, a Rússia alertou que responderia a novas sanções ucranianas contra empresas russas.
Na sexta-feira (2), o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que a presença de militares dos Estados Unidos na Ucrânia exigirá a tomada de medidas adicionais pela Rússia para garantir a segurança nacional do país.
"Certamente, esse desenvolvimento do cenário [presença de militares dos EUA na Ucrânia] levaria a um futuro aumento de tensões perto das fronteiras russas. Claro, isso exigirá medidas adicionais do lado da Rússia para garantir sua segurança", declarou Peskov aos jornalistas.