A Rússia tem uma Marinha moderna e em constante crescimento, que representa uma ameaça única às forças armadas da OTAN, apontou na quinta-feira (1º) o portal Business Insider.
Segundo a mídia norte-americana, a frota naval russa está intensificando suas atividades no Ártico, expandindo sua presença na África e no Oriente Médio, e também vigiando de perto a OTAN por toda a Europa.
"Hoje a Marinha da Rússia opera cerca de 360 embarcações de todos os tipos. Grandes cruzadores e destróieres de mísseis guiados foram largamente substituídos por navios de guerra menores, tais como corvetas e fragatas", diz Benjamin Brimelow, autor do artigo.
Segundo ele, muitos desses navios são menores em tamanho e têm menos armas em comparação com o mesmo tipo de navios dos países da OTAN.
"[...] Mas nova tecnologia e armamento, especialmente o míssil de cruzeiro Kalibr, que foi introduzido em 2015, lhes dão uma vantagem", escreve Brimelow.
Apesar de tudo, diz, a verdadeira força da Marinha da Rússia está atualmente escondida debaixo d'água. A força submarina é composta por 59 navios, incluindo 12 submarinos nucleares com mísseis balísticos e nove submarinos nucleares com mísseis de cruzeiro.
Até o final do ano, a Marinha da Rússia planeja colocar em serviço seis novos submarinos (três deles movidos a energia nuclear), bem como receber um cruzador de mísseis pesado totalmente modernizado, o Orlan, do projeto 1144.
"A Marinha russa está atualmente equipando todos seus navios com mísseis Kalibr e planeja colocar o míssil hipersônico Tsirkon, que ainda está sendo testado, tanto em submarinos quanto em navios de superfície. O Tsirkon, capaz de atingir velocidades de até Mach 8 [9.800 km/h], melhorará ainda mais a frota", nota a mídia dos EUA.
Além disso, no final de 2022 a Marinha da Rússia deve iniciar testes no mar de seu único porta-aviões, diz o artigo.
A Rússia, conclui o Business Insider, reduziu e otimizou suas Forças Armadas, melhorando sua qualidade e profissionalismo, equipando-as com equipamentos modernos, com intenção de obter uma força crescente e moderna, que representa desafios únicos para as forças armadas da OTAN.
A revista Diplomat comentou na quinta-feira (1º) que a Rússia aumentou a capacidade da Marinha desde o ano 2000, e agora os submarinos russos representam uma ameaça real para os países da OTAN.