"Há progresso no enriquecimento de urânio. Nós começamos os testes mecânicos da centrífuga IR-9 com [capacidade de enriquecimento] de 50 UTS [Unidade de Trabalho de Separação]", contou o porta-voz à agência ISNA.
Nesta terça-feira (6), ocorrerá a reunião presencial sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em Viena, Áustria. Anteriormente, Washington se recusou a iniciar negociações com Irã até que Teerã deixasse de violar as condições do acordo nuclear sobre os limites de armazenamento de combustível nuclear e o nível de enriquecimento de urânio de 3,67%.
Em 2 de abril, a Comissão Conjunta do JCPOA realizou uma videoconferência entre diretores políticos, que discutiram o possível regresso dos Estados Unidos ao acordo nuclear.
Logo depois, o Departamento de Estado norte-americano revelou que Estados Unidos concordaram em participar das conversações sobre o acordo nuclear iraniano em Viena. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado Edward Price, a delegação norte-americana para conversações em Viena será liderada pelo enviado norte-americano responsável pelos assuntos iranianos, Robert Malley.
O acordo JCPOA foi celebrado em 2015 por Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, EUA, França e Irã para o cancelamento das sanções contra a nação persa em troca da restrição do programa nuclear iraniano, mas não chegou a três anos de existência.
Em 2018, a administração norte-americana de Donald Trump anunciou sua saída unilateral do JCPOA, alegando violação do acordo nuclear por parte do Irã, apesar de inspeções internacionais confirmarem o cumprimento iraniano, e o retorno à política de "pressão máxima" contra o Irã.
No final de 2020, entrou em vigor a lei iraniana que lançou a produção de urânio enriquecido até 20%, bem como a utilização de centrífugas mais potentes e a rejeição das investigações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), por causa das sanções impostas à nação persa.