Dois caças multifuncionais Shenyang J-16, um avião de controle e alerta precoce Shaanxi KJ-500 e um avião de reconhecimento Shaanxi Y-8 da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China entraram na região sudoeste da zona, segundo o Ministério da Defesa taiwanês.
Em resposta, Taiwan emitiu advertências por rádio e implantou sistemas de defesa antiaérea para rastrear as aeronaves.
De acordo com a agência Taiwan News, desde meados de setembro de 2020 que o Ministério da Defesa de Taiwan faz relatos quase diários sobre atividades militares chinesas em sua ADIZ.
A China tem endurecido a retórica sobre Taiwan, afirmando que "independência de Taiwan significa guerra" e que seu Exército de Libertação Popular age em resposta a provocações e interferências estrangeiras. Por sua vez, Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, diz que Taiwan já é um país independente.
Cerca de dez aviões do Exército de Libertação Popular da China entraram de novo no espaço aéreo de Taiwanhttps://t.co/NrwG0DsEp9
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 30, 2021
Taiwan e China têm reivindicações de ADIZ recorrentes, com Taipé relatando no início deste mês que havia registrado 380 "incursões" de aeronaves chinesas em sua ADIZ em 2020. A zona da China também se sobrepõe às da Coreia do Sul e do Japão, resultando em frequentes tensões entre os países asiáticos e seus aliados. A ADIZ de Taiwan foi formulada pelos militares dos EUA após a Segunda Guerra Mundial.
Pequim considera Taiwan uma província separatista e espera ver a ilha unificada com a República Popular da China em algum momento no futuro. Taiwan, por sua vez, há muito governado por forças nacionalistas chinesas que fugiram para Taiwan após o fim da Guerra Civil da China em 1949, reivindica toda a China continental, Mongólia, bem como territórios pertencentes à Rússia, Tajiquistão, Paquistão, Afeganistão, Japão, Índia, Butão e Birmânia.