Em meio à crise com AstraZeneca, países europeus consideram misturar outras vacinas para 2ª dose

© AP Photo / Michael ProbstDois funcionários de laboratório simulam o fluxo de trabalho em uma sala limpa da produção da vacina BioNTech Corona em Marburg, Alemanha, durante um dia de mídia no sábado, 27 de março de 2021.
Dois funcionários de laboratório simulam o fluxo de trabalho em uma sala limpa da produção da vacina BioNTech Corona em Marburg, Alemanha, durante um dia de mídia no sábado, 27 de março de 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2021
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Devido a efeitos colaterais graves serem relatados com o imunizante da AstraZeneca, governos analisam possibilidade da segunda dose ser aplicada com vacinas diferentes.

Após vários programas de vacinação com o imunizante da AstraZeneca serem interrompidos por casos de efeitos colaterais graves pós-inoculação, países europeus estão considerando misturar vacinas contra COVID-19 para cidadãos que receberam a primeira dose da injeção, que agora sob novas regras, não está mais elegível, segundo a Reuters.

Alguns especialistas dizem que todas as vacinas têm como alvo a mesma proteína "pico" externa do vírus, e que independente do imunizante, por esse motivo, elas poderiam trabalhar juntas para treinar o corpo a lutar contra a infecção, porém, ainda não há evidências de que será tão eficaz.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) não fez comentários imediatos quando questionada sobre a mistura e combinação de vacinas em seu briefing diário nesta quarta-feira (7), segundo a mídia.

O Reino Unido disse no final do ano passado que permitiria que as pessoas tomassem diferentes vacinas contra a COVID-19 em raras ocasiões, mas ainda não há relatos de casos desse gênero. Na Noruega, as autoridades estão aguardando os resultados de um teste britânico lançado em fevereiro para explorar a mistura de doses das vacinas Pfizer e AstraZeneca e ver a possibilidade de combinação, segundo a mídia.

"O resultado é ou você recebe uma vacina, a vacina AstraZeneca [...] ou recebe uma vacina de reforço com outros tipos de vacinas", disse Sara Viksmoen Watle, médica sênior do Instituto Norueguês de Saúde Pública, à Reuters.

Na França, a Alta Autoridade de Saúde (HAS, na sigla em francês), também está contemplando a implantação de uma vacina de RNA mensageiro produzida pela Pfizer-BioNTech ou Moderna como opção para ser a segunda dose da AstraZeneca, de acordo com a mídia.

Embora muitos países tenham voltado a usar o imunizante depois que a EMA relatou que o medicamento era seguro e os casos de efeitos colaterais serem considerados exceções, alguns países impuseram restrições de idade, o que deixou autoridades sem saberem o que fazer com a aplicação da segunda dose. Porém, ontem (6), um membro da EMA confirmou suspeitas sobre possíveis efeitos colaterais graves e raros ligados à administração da vacina Oxford/AstraZeneca.

Hoje, essa questão, é um dos principais desafios para os governos na luta para controlar novos aumentos de infecções, já que diversos países adquiriram o imunizante da AstraZeneca.

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