De acordo com o estudo publicado na revista ZooKeys, a pista inicial sobre a existência desta espécie desconhecida pela ciência foi fornecida pela picada recebida por um pesquisador chinês, que sofreu dores em torno da ferida e escurecimento da pele.
Após o incidente, os pesquisadores iniciaram o estudo na província chinesa de Yunnan, e coletaram amostras entre os anos de 2016 e 2019.
A análise filogenética e morfológica dos exemplares coletados permitiu a identificação da "Bungarus suzhenae", nome inspirado na mitologia chinesa.
Visto que a família das serpentes kraits é altamente venenosa, os especialistas acreditam que conhecê-la em toda sua diversidade de espécies, bem como em sua distribuição geográfica, seja de grande importância para diagnosticar e tratar das picadas destes répteis, o que poderia salvar muitas vidas humanas.
Também conhecida como Krait de Suzhen, o réptil recebeu seu nome em honra a uma deusa que aparece na lenda "A Serpente Branca", a qual narra a história de um amor proibido entre a divindade Bai Su Zhen que, convertida em mulher, curou junto com seu amado mortal diversas doenças, utilizando magia e outros remédios, até ser trancada em uma torre por toda a eternidade.
Além das mitologias, o relato é considerado uma manifestação de bondade e verdadeiro amor.