O MRE chinês ainda perguntou retoricamente se a China navegaria no golfo do México como "demonstração de força".
Nos últimos meses, Taiwan tem reclamado de atividades militares repetitivas de Pequim, com a Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) chinesa executando incursões quase diárias na zona de identificação aérea de Taiwan.
Na segunda-feira (5), a China anunciou atividade de um grupo de porta-aviões perto da ilha, e na quarta-feira (7), um navio de guerra dos EUA navegou pelo estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental.
Durante briefing diário, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que os navios norte-americanos, envolvidos em "provocações", "enviam um sinal seriamente errado às forças independentistas taiwanesas, ameaçando, assim, a paz e estabilidade no estreito de Taiwan".
"Um navio de guerra chinês iria ao golfo do México para fazer uma demonstração de força?", indagou.
Taiwan é o assunto territorial mais sensível para a China, bem como um grande ponto de discórdia entre Pequim e Washington. A Marinha dos EUA tem regularmente conduzido o que se chama de transições "rotineiras" no estreito de Taiwan.
Washington expressou preocupação com os esforços de intimidação chineses na região, incluindo em relação a Taiwan, reiterando que o compromisso dos EUA com Taiwan é "rocha sólida".
A China, por sua vez, acredita que os Estados Unidos estão em conluio com Taiwan para desafiar Pequim e dar apoio aos que querem que a ilha declare independência formal.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, já considera a ilha um país independente, chamado República da China, nome oficial de Taiwan.